Tido como mediano, piegas (e até meio insosso) por público-e-crítica, confesso que gostei do filme "Em Boa Companhia" - http://www.adorocinema.com.br/filmes/em-boa-companhia/em-boa-companhia.asp -, vez ou outra exibido pelo TeleCine (pelo menos nos idos da data desse post)
Na verdade, dizer que me identifiquei é mais correto que dizer gostei
Creio que aqueles pareceres (http://www.adorocinema.com.br/filmes/em-boa-companhia/em-boa-companhia.asp) já dão idéia suficiente, mas, na minha interpretação, no filme estão alguns elementos que merecem "pontuação":
- A forma precoce com que "jovens (e inescrupulosos) executivos" lançam-se às carreiras, com muito de oportunismo, com resultados catastróficos (inclusive pra si próprios) dado o despreparo (ou pseudo-preparo) que têm
- A "espuma" que são os modismos da administração, quase sempre associados a jovens profissionais, no fundo, apenas bons (repassadores) de discursos
- Que a instituição família está acima de tudo, algo piegas qdo se vê um mundo globalizado, de competição selvagem e predadora
- Que qq eventual preparo que supostamente uma escola dá, não compensa (nem encobre) as lacunas que uma pessoa que cresceu em lar desestruturado experimenta qdo está "nesse" mundo corporativo
- Que o fenômeno da Globalização e das Fusões & Aquisições de empresas torna, mesmo, o homem mero joguete, ao capricho de investidores que acendem-e-soltam (a cena, por exemplo, em que o personagem de Topher Grace, completamente "nocauteado" (se assim podemos chamar) se abraça ao personagem de Dennis Quaid, dizendo que poucas pessoas se preocuparam em lhe ensinar algo que realmente valesse a pena, pra mim foi sintomática)
Essa crítica sintetiza muito do meu pensamento - http://www.adorocinema.com.br/filmes/em-boa-companhia/critica02.html
Mas o filme - e esse post - certamente será piegas pra turma que compra-pq-compra os valores(?!) impingidos pelas "contemporâneas corporações"
Certamente dirão: "goste ou não, o mundo que vivemos é esse; a cartilha que nos empurram é essa"
OK
Mas os próprios dirigentes, executivos mais brincando de comprar-e-vender firmas (como forma de não se entediar com a vida abastadíssima que levam), vão colocando, sem ter respostas, o "homem" nesse circo de tiros-no-escuro (e de convicções neo-liberais)
Infelizmente, algumas vezes, destruindo famílias...
(Não é senso comum que um filme é uma experiência pessoal, que nos faz tê-lo como bom ou não, independente da gde opinião? Pois esse filme "falou pra mim" e como tal faz parte da minha filmoteca - ou DVDoteca?)
E, sim, como post significativo, enqto esse blog existir...
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