sexta-feira, setembro 14, 2007

Roset

O Vinho Rosé e as Mulheres


Depois de ser esquecido por um tempo, o rosé volta às mesas e chama a atenção. A prova disso é que no ano de 2005, o consumo dos rosados teve um aumento de 60%.


Os brasileiros em geral, mulheres e homens, passaram a conhecer e degustar mais vinhos, mesmo os mais estruturados e, aqueles que eram desagradáveis para as mulheres já estão sendo apreciados” - ao que parece, há uma evolução do paladar.

O rosé já foi classificado como um “vinho inacabado”, mas a verdade é que ele tem identidade própria. Sua fabricação é a mesma de um tinto, o que muda é o tempo de contato com as cascas das uvas que, nesse caso, é menor. Este processo o deixa com uma coloração que varia entre tons de rosa pálido, passando por um salmão alaranjado, até a tonalidade cereja forte.

Durante muito tempo o rosé foi caracterizado como uma bebida feminina, mas esse quadro está mudando com o passar dos anos. Ele é agradável para as mulheres, pois tem cor delicada e não é tão seco quanto os brancos. Muitos homens têm relativa vergonha de serem vistos bebendo um rosé. Alguns especialistas destacam que os bons rosés devem ser delicados, fragrantes e refrescantes, características que combinam com a personalidade feminina.

Este sucesso dos rosés vem destruindo alguns mitos como o de ser um vinho feminino ou de quem não conhece: o vinho rosé, segundo algumas sommeliers, “é uma opção da mulher inteligente que não se atrela aos clichês do passado, uma mulher que busca maximizar os prazeres gustativos, aberta as novidades e pronta para enfrentar barreiras e imposições estereotipadas”.

O rosé prova que se adapta ao universo feminino também por outra característica peculiar: a versatilidade. O rosé harmoniza de forma perfeita com os pratos leves e os mais estruturados com molhos e temperos apimentados. Por essa ótica, “carnes frias e embutidos deixariam qualquer branco parecer uma água gelada, enquanto um rosé destaca os sabores e aromas desses frios, deixa uma leve adstringência e ainda ajuda a lavar a boca da gordura e das proteínas, deixando-a preparada para mais um bocado”.


O consumo de vinho é um hábito muito antigo. Os primeiros registros da bebida datam de aproximadamente 5200 a.C. Na mitologia greco-romana acredita-se que Dionísio (para os gregos) ou Baco (para os romanos) é o deus do vinho, por ter descoberto as vinhas e ensinado o cultivo das videiras e arte de fabricar o vinho aos mortais. Ele também é considerado o deus da colheita e da fertilidade, daí a associação do vinho às mulheres.

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