sábado, fevereiro 01, 2014

Joelma

Naquela transição de Janeiro pra Fevereiro de 1974, pouco mais de 20 dias do falecimento de minha mãe - e início de mais um período de férias que, invariavelmente, meu pai tirava em Fevereiro, quando trabalhava no Estadão, na Major Quedinho, Centro de SP - a manhã do dia 1º reservava um episódio um tanto traumatizante para uma criança, que mal refeito (na verdade, não refeito até hoje) da morte abrupta da mãe, assistiu, de sobressalto, ao vivo pela TV, o incêndio nesse post relembrado.

No mesmo dia, o JT lançaria Edição Extra (a Folha também o fez) mas o JT, impresso sempre mais tarde nas rotativas do Estadão, tinha a fama, por vocação, de lançar notícias mais atuais, com perdão do trocadilho, no calor da situação.

O sinistro pegou de tal forma todos de surpresa, que meu pai, oficialmente já no primeiro dia de suas férias, pensava em ir pro Centro, pegar algo que havia esquecido e que seria preciso pra mais uma viagem à casa dos avós, em Araraquara.

Soube, de sopetão, do que estava ocorrendo, pelo taxista: "Não estou indo hoje pro Centro, pois lá está um pandemonio".

E meu pai, que muito raramente andava de táxi, insistiu no por quê, ouvindo na lata a resposta: um grande prédio está pegando fogo...

Desnecessário maiores lembranças (até porque elas são muitas - e em alta definição), basta dizer que até meados dos anos 70 o Centro era pulsante e até certo ponto elitizado e glamouroso (o Estadão mudou-se da Major Quedinho pra Celestino Bourrol em junho de 1976), haja vista que, já trabalhando no jornal,, meu vai viu o chamado Centro Novo ser gestado, com a edificação do Copan e tudo mais.

A seta em vermelho mostra o Estadão quando da construção do Copan

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