domingo, julho 17, 2011

Exame

Hoje ocorre, ou, dependendo, já ocorreu, o temido Exame da OAB



- Alguns de meus recentes posts no twitter o mencionam conjugadamente à situação da pessoa idealista, que no passado sofreu bullying, um tipo específico de bullying, onde um dos irmãos foi o eleito e o outro, preterido, ou, sem eufemismo, "rejeitado"

Não importa se o descaso ocorreu sob a forma de simples-preferência, hostilidade declarada ou bajulação barata; da mesma forma, pouco importa que tenha ocorrido com pais biológicos ou não

Fato é que se observa no Exame aprovações "praticamente-automáticas" de pessoas recém-saídas de suas 1ªs faculdades, em detrimento de outros mais veteranos [que nem em várias tentativas o conseguem] e, que à base de muito sacrifício, fizeram [e novamente se auto-financiaram] Direito como 2ª faculdade, frustrados que se tornaram com suas primeiras graduações e consequentes "encaminhamentos profissionais"

Notórias são as constatações de que existe muito advogado cabeça-de-bagre por aí [veja], aprovado ou não no Exame de Ordem [se não me engano, existiu um período em que a aprovação na prova não era exigida (antes do Estatuto, em 1994) pra que se pudesse advogar]




Me vem ao pensamento [e lembrança] que algumas pessoas têm realmente um tempo muito contado para estar na coisa certa, na hora certa - e, o mais cruel, ainda que tenham se auto-financiado ou tenham recebido (quando receberam) apenas apoio emocional-psicológico [apoio realmente sincero e comprometido, não bajulações]...

Fica, numa rápida leitura, até parecendo papo-de-perdedor

A mim parece ponto pacífico que um jovem de 22-23 anos, que fez a faculdade bancada pelos pais - e que não sofreu bullying - tem chances muito mais significativas da chamada "aprovação natural" que aquele que fez sob os efeitos do bullying e da pressão da nova faculdade [a pressão de agora ter de, finalmente, dar certo]



Ou vai dizer que quem conviveu com jeitinhos [calotes, trambiques e rasteiragens] no seio familiar-parental não entra em parafuso com as implacáveis-e-impessoais "lógicas jurídicas"?

[Aos amigos (e filhos preferenciais) TUDO, aos demais, A LEI]

Pois é.

Até (ou principalmente) essa boa e vocacionada profissão-carreira [que em última instância serve para a auto-defesa patrimonial, médica e psicológica (lembrar que bullying enseja até processo)] está mais ao alcance de quem teve pré-adolescência e entrada na vida adulta equilibradas que à pobre pessoa que teve de lutar do zero, contra tudo-e-todos, desassistida; para ter seu (digno) lugar ao sol...

Fazer o quê? C'ést La Vie - afinal, para quê existe o Muro das Lamentações?



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